O Monitor de Temperatura para Óleo e Enrolamentos (TM) possui duas formas principais de acesso a leituras e parametrização. Essas ações podem ser feitas diretamente no equipamento, onde as leituras atuais e pontuais podem ser observadas, e os parâmetros definidos a partir do display, com auxilio dos botões. A outra forma de acessar as leituras colhidas e interpretadas pelo equipamento, assim como modificar as definições feitas anteriormente é através de um software instalado no computador, o qual será descrito neste informativo.

Nota !
O software pode ser baixado diretamente do nosso através do link:
Energizando o IED
Para se conectar ao TM, utilize um cabo USB-C, conectando-o a entrada disposta no painel central do IED, localizado na imagem abaixo.

Para acessar o menu de programação, mantenha pressionada a tecla de programação por 5 segundos. Será exibida então, a tela de inserção da senha de acesso (PSWD). Utilize os cursores Sobe e Desce para realizar o ajuste na senha correta. Caso a indicação inicial for 4210, então a senha correta será 0, sendo este o original de fábrica. Após inserir a senha, pressione a tecla Enter, para que seja feita a validação e o acesso ao menu principal seja permitido.
Acesse a opção de configuração utilizando as teclas de seleção e pressione Enter. Neste menu, selecione a opção COMM e, em seguida, U2, para identificar o endereço de comunicação do IED, geralmente identificável por 247, quando utilizada conexão USB.
Instalando o software
Para iniciar o Software de Comunicação, Leitura e Parametrização do TM, instale o executável.

Após a execução, o aplicativo deve se iniciar automaticamente, abrindo a seguinte tela.
Para realizar a conexão, configure os itens dispostos na tela. O equipamento em questão é o TM.
Já a versão do firmware e a versão de release podem ser vistas pressionando simultaneamente os botões: Enter e Programação.
A porta de conexão irá depender da porta USB do computador. Geralmente, a porta é detectada automaticamente pelo sistema, então para identificar qual a utilizada, desconecte o cabo do computador, abra a lista de seleção e, em seguida, conecte o USB novamente. A porta COMM utilizada pelo IED irá ser acrescentada a lista automaticamente.
O endereço checado anteriormente deve ser acrescentado ao campo ENDEREÇO, quanto o Baudrate, Databits, bit de paridade e Stopbits usualmente são definidos por padrão no equipamento, assim como o timeout. Essas informações podem ser alteradas conforme as especificações de aplicação. Em seguida, clique em conectar.
Acessando as Leituras
Uma vez conectado, as páginas de Leitura e Parametrização irão mostrar os dados que estão na memória do IED, possibilitando a visualização de itens específicos.
A tela de Leitura expõe uma lista com os as colunas Descrição, Valor e Unidade, para os mais diversos parâmetros e indicações.


Parametrização
Na terceira tela, a tela de Parametrização, é possível visualizar a separação de pastas, conforme é demonstrado no menu do TM, quando parametrizado através de seu display. As pastas primárias são: ADV, CLK, CONF e TEMP.

Informação !
Para mais detalhes a respeito da separação dos displays do IED e sobre o próprio TM em questão, veja também o manual do equipamento na seção de parametrização.. O manual pode ser encontrado em:
https://sac.treetech.com.br/helpdesk/attachments/69106493577

Os submenus são classificados da seguinte forma:

ADV: A sigla corresponde ao inglês Advanced, sendo um submenu utilizado para configurações avançadas, sendo elas relacionados à: ajustes da saída analógica em mA, relés e menu fábrica.
Dentro do submenu ADV, outros submenus são dispostos, com a possibilidade de acesso e modificação de diversos parâmetros:
- Submenu CONF: O primeiro submenu interno é referente as configurações avançadas do equipamento, como ajustes de saída mA, memória de massa, relação do TC e reset de parâmetros do IED. Este submenu possibilita o ajuste da faixa de saída analógica, qual informação será transmitida pela saída selecionada (valor padrão "Óleo"), a correspondência entre as correntes iniciais e finais e os valores de escala de grandeza da medida, definição do intervalo de gravação de dados no LOG, o gatilho de alteração de temperatura para gravações independentes ao intervalo e o reset de gravação. Também é possível realizar a configuração da relação de transformação do TC externo de janela seccionável e a redefinição da senha de acesso.
- Submenu RELY: Este menu permite o acesso a todas as configurações acerca do funcionamento dos relés de saída do TM. É possível selecionar o relé desejado, seu modo de funcionamento, definir o estado de acionamento dos relés gerais e de temperatura.
- Submenu FACT: Trata-se de um submenu de uso exclusivo da assistência técnica Treetech, sendo protegido por senha, permitindo acesso aos parâmetros de fábrica do TM.

Nesta tela, os menus e parâmetros ficam disponíveis a esquerda e, quando selecionados, a edição fica disposta ao espaço mais a direita da tela. Ainda é possível importar e exportar os dados de parâmetros em formato CSV.

CLK: A sigla corresponde ao inglês Clock, sendo um submenu utilizado para configurar o relógio e o calendário do aparelho, contendo ajustes como ano, mês, dia, hora, minuto e fuso horário.

CONF: O submenu é correspondente as configurações básicas do equipamento, contendo ajustes como tempo de exibição de dados no display, senha de acesso primário as configurações e parametrização dos dados de comunicação como baudrate e endereço das comunicações serial e USB.

TEMP: Este submenu permite acesso aos parâmetros referentes a medição de temperatura, alarmes e grupos de resfriamento forçado. O sistema permite configurar os sensores de temperatura, incluindo a habilitação geral da temperatura, os sensores PT1 e PT2, os sensores de óleo 1 e 2, o máximo diferencial de temperatura permitido entre eles e um modo de simulador.
São definidos os parâmetros de alarme e desligamento por temperatura do óleo, bem como o retardo para esse desligamento. O mesmo conjunto de parâmetros (alarme, desligamento e retardo) é configurado especificamente para cada enrolamento. Também são ajustados os alarmes de diferencial de temperatura, tanto o instantâneo quanto o filtrado, e o tempo para emissão desses alarmes.
Para o transformador, ajusta-se o número de enrolamentos e o tipo de metodologia usada para o cálculo do hot-spot. Para cada enrolamento individualmente, definem-se a constante de tempo da inércia térmica, o fator de hot-spot, o expoente de elevação de temperatura, o gradiente de temperatura enrolamento-óleo, a corrente nominal e a relação do transformador de corrente (TC) para a imagem térmica.
No resfriamento, seleciona-se o número de estágios. Para o resfriamento forçado, configura-se o número total de grupos, as histereses (tanto de temperatura quanto de carregamento) para o desligamento da refrigeração, a composição de cada grupo (se são ventiladores ou bombas) e a temperatura para bloqueio da bomba. O exercício periódico dos ventiladores/bombas é programado pela hora e minuto de início, e pela duração total do exercício.
O acionamento dos estágios de resfriamento é definido pela temperatura de referência para controle (seja do óleo ou do enrolamento), pelos valores de temperatura para acionar cada estágio, pelo carregamento da carga para acionar cada estágio e pela inscrição (habilitação) de cada grupo de resfriamento em cada estágio.
Por fim, o submenu opcional de diferencial de temperatura permite configurar o sensor do comutador, a constante de tempo da filtragem do diferencial, as margens para o ajuste automático de alarmes, o tempo de amostragem para esses alarmes e a função de ajuste automático.

Conclusão
O Software de Comunicação, Leitura e Parametrização possibilita uma visualização e preparação completa do equipamento TM para seu funcionamento em campo e máxima eficiência no monitoramento de temperatura do óleo e enrolamentos de transformadores de alta tensão em subestações de energia, possibilitando a detecção de possíveis alterações no funcionamento do equipamento, implicando na melhora do planejamento de manutenções preventivas e preditivas, afim de reduzir o tempo de ociosidade de ativos e, diretamente o ônus financeiro proveniente destas inatividades
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